O Rio Faria-Timbó é um rio brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Está situado na cidade do Rio de Janeiro e nasce na Serra dos Pretos-Forros.
Corta o complexo do Alemão entre a Av Itaóca e a Estrada velha da Pavuna
Extremamente poluído, corta vários bairros do subúrbio carioca. Nas proximidades do bairro de Inhaúma recebe as águas afluentes do também poluído Rio Timbó, formando assim o Rio Faria-Timbó. Este deságua no Canal do Cunha, também bastante degradado.
O Canal do Cunha por sua vez despeja suas águas na Baía de Guanabara. O rio Faria, assim como os demais que cruzam a cidade, causa grandes estragos nos dias de chuva forte por conta de transbordamentos causados pelo acumulo de lixo no seu leito.
Na passagem do Rio pelo Complexo o rio esta totalmente assoreado,os moradores não respeitam os dias que a CONLURB passa para recolher o lixo e faz do rio um enorme caçamba de lixo.
E necessário um trabalho de conscientização por parte das autoridades,principalmente no local conhecido como Casinhas onde existe uma vala vindo da rua canitar que desemboca no Rio faria timbó repleto de lixo domestico jogado pelos próprios moradores.
A HISTÓRIA DO RIO
De i, “Água”, e N-HDÚ, “lodo, lama, barro”, ou seja, “Água Suja”. Designava a extensa planície entre a Baía de Guanabara, a Serra da Misericórdia, e os morros dos Urubus e Juramento. Originalmente existia na região uma aldeia de índios tamoios.
Os jesuítas receberam uma área de uma légua e meia do rio Iguaçu (atual Comprido) até a tapera chamada de Inhaúma. Nela estabeleceram engenho e lavouras e escoavam as mercadorias pelo Porto de Inhaúma, depois aterrado, no atual bairro da Maré.
Em 1684, foi criada pelo Padre Custódio Coelho a freguesia de São Tiago de Inhaúma e seu primeiro vigário foi Frei Antonio da Conceição. Depois aí se instalaria o Bispo José Joaquim Castelo Branco, pioneiro dos cafezais cariocas, com duas propriedades, a do Capão e a Quinta de Sant´Ana, que se estendiam da estrada Velha da Pavuna com a Estrada Real de Santa Cruz (Suburbana), até Terra Nova (atual Pilares). O rio Faria juntamente com o do Timbó cortavam suas terras, que com a decadência da agricultura, foram adquiridas no fim do segundo reinado por laborioso proprietário, o coronel Antonio Joaquim de Souza Pereira Botafogo, que nelas incentivou o comércio e a venda de lotes a prestações, abrindo a praça Botafogo e as ruas Dona Emília, Dona Luísa, Dr. Nicanor, Dr. Otávio, Padre Januário, entre outras, além de doar área para a localização do cemitério de Inhaúma, entre outras benfeitorias. Vizinho a ele, na estrada Velha da Pavuna, existia a Fazenda das Palmeiras, de Frederico Pinheiro da Silva, onde, em 1949, foi instalada a Associação N. Sra. da Piedade. Atualmente toda essa propriedade foi ocupada por Conjunto Habitacional e a Comunidade da “Fazendinha” ou “Morro das Palmeiras”.
Em Inhaúma, ficava a sede do Engenho da Rainha, comprado por Dona Carlota Joaquina, com acesso pela rua Dona Luisa, demolido anos mais tarde por um proprietário inescrupuloso, para evitar o seu tombamento pelo serviço de patrimônio histórico da união.
Inhaúma se beneficiaria com a abertura da avenida Automóvel Clube e a implantação da Estrada de Ferro Rio D´Ouro (em 1876), sendo então construída a Estação de Inhaúma. Com a extinção dessa ferrovia na década de 1960, o seu leito foi aproveitado para abrigar a Linha 2 da Cia. do Metropolitano do Rio de Janeiro – Metrô, sendo inaugurada a Estação de Inhaúma em 12 de março de 1983.