domingo, 25 de novembro de 2012

RIO FARIA TIMBÓ


Rio Faria-Timbó é um rio brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Está situado na cidade do Rio de Janeiro e nasce na Serra dos Pretos-Forros.
Corta o complexo do Alemão entre a Av Itaóca e a Estrada velha da Pavuna
Extremamente poluído, corta vários bairros do subúrbio carioca. Nas proximidades do bairro de Inhaúma recebe as águas afluentes do também poluído Rio Timbó, formando assim o Rio Faria-Timbó. Este deságua no Canal do Cunha, também bastante degradado.
Canal do Cunha por sua vez despeja suas águas na Baía de Guanabara. O rio Faria, assim como os demais que cruzam a cidade, causa grandes estragos nos dias de chuva forte por conta de transbordamentos causados pelo acumulo de lixo no seu leito.
Na passagem do Rio pelo Complexo o rio esta totalmente assoreado,os moradores não respeitam os dias que a CONLURB passa para recolher o lixo e faz do rio um enorme caçamba de lixo.








E necessário um trabalho de conscientização por parte das autoridades,principalmente no local conhecido como Casinhas onde existe uma vala vindo da rua canitar que desemboca no Rio faria timbó repleto de lixo domestico jogado pelos próprios moradores.
A HISTÓRIA DO RIO
De i, “Água”, e N-HDÚ, “lodo, lama, barro”, ou seja, “Água Suja”. Designava a extensa planície entre a Baía de Guanabara, a Serra da Misericórdia, e os morros dos Urubus e Juramento. Originalmente existia na região uma aldeia de índios tamoios.
 
Os jesuítas receberam uma área de uma légua e meia do rio Iguaçu (atual Comprido) até a tapera chamada de Inhaúma. Nela estabeleceram engenho e lavouras e escoavam as mercadorias pelo Porto de Inhaúma, depois aterrado, no atual bairro da Maré.
 
Em 1684, foi criada pelo Padre Custódio Coelho a freguesia de São Tiago de Inhaúma e seu primeiro vigário foi Frei Antonio da Conceição. Depois aí se instalaria o Bispo José Joaquim Castelo Branco, pioneiro dos cafezais cariocas, com duas propriedades, a do Capão e a Quinta de Sant´Ana, que se estendiam da estrada Velha da Pavuna com a Estrada Real de Santa Cruz (Suburbana), até Terra Nova (atual Pilares). O rio Faria juntamente com o do Timbó cortavam suas terras, que com a decadência da agricultura, foram adquiridas no fim do segundo reinado por laborioso proprietário, o coronel Antonio Joaquim de Souza Pereira Botafogo, que nelas incentivou o comércio e a venda de lotes a prestações, abrindo a praça Botafogo e as ruas Dona Emília, Dona Luísa, Dr. Nicanor, Dr. Otávio, Padre Januário, entre outras, além de doar área para a localização do cemitério de Inhaúma, entre outras benfeitorias. Vizinho a ele, na estrada Velha da Pavuna, existia a Fazenda das Palmeiras, de Frederico Pinheiro da Silva, onde, em 1949, foi instalada a Associação N. Sra. da Piedade. Atualmente toda essa propriedade foi ocupada por Conjunto Habitacional e a Comunidade da “Fazendinha” ou “Morro das Palmeiras”.
 
Em Inhaúma, ficava a sede do Engenho da Rainha, comprado por Dona Carlota Joaquina, com acesso pela rua Dona Luisa, demolido anos mais tarde por um proprietário inescrupuloso, para evitar o seu tombamento pelo serviço de patrimônio histórico da união.
 
Inhaúma se beneficiaria com a abertura da avenida Automóvel Clube e a implantação da Estrada de Ferro Rio D´Ouro (em 1876), sendo então construída a Estação de Inhaúma. Com a extinção dessa ferrovia na década de 1960, o seu leito foi aproveitado para abrigar a Linha 2 da Cia. do Metropolitano do Rio de Janeiro – Metrô, sendo inaugurada a Estação de Inhaúma em 12 de março de 1983.

terça-feira, 6 de março de 2012

A LONGA JORNADA DO ROCK NACIONAL



O rock brasileiro nasceu tão logo Elvis Presley disparou o primeiro dos três acordes de That's Alright Mama, e as primeiras cenas de "Rock Around The Clock/Balanço das Horas" - passaram nas telas dos cinemas brasileiros, com a trilha sonora de Bill Halley & His Comets. Em meados dos anos 50, inicialmente pelas mãos e vozes de orquestras de baile e cantores populares, como Betinho e Seu Conjunto, Nora Ney e Cauby Peixoto, o rock and roll tomou conta dos rádios, televisões e produziu ídolos como Sérgio Murillo, Tony e Celly Campello. Em seguida, com a entrada em cena da fase instrumental, os novos roqueiros agregaram à história do rock nacional os sons das guitarras, influenciados por grupos como os ingleses Shadows e os americanos Ventures, ampliando a cultura musical da juventude. Depois, nos anos 60, com a chegada dos Beatles, dos Rolling Stones e Jimi Hendrix, vieram a Jovem Guarda, a Tropicália e o som de garagem, com seus yê-yê-yês, distorções de guitarras e contestação. A experiência acumulada desembocou na geração dos anos 70, com o rock made in Brazil, que aprofundou as misturas sonoras, incorporando o progressivo, a música rural e outros sons nordestinos. As várias fases do rock brasileiro seguem explicadas abaixo.

Anos 50

A história do rock no Brasil é basicamente a mesma dos demais países, exceto Estados Unidos, onde ele nasceu, e Inglaterra, onde, de certa forma, o skiffle assimilou a seu jeito e de forma mais rápida a nova linguagem musical. Ao chegar em terras brasileiras, diante da inexperiência dos jovens frente ao ritmo novo, aos instrumentos e, mesmo, à falta de espaço social para a juventude, o rock and roll foi absorvido inicialmente pelas orquestras de jazz, e pelos cantores tradicionais, responsáveis pelos primeiros hits do novo gênero. Assim, Nora Ney, uma cantora de boleros e samba canção, gravou o primeiro rock – Rock Around the Clock (em inglês); Betinho e seu Conjunto é responsável pelo primeiro rock com guitarra elétrica, o clássico Enrolando o Rock, onde tocou uma Fender Stratocaster; e, ainda, é do compositor Miguel Gustavo, com interpretação de Cauby Peixoto, o primeiro rock com letra em português – Rock and Roll em Copacabana. Mas, de forma especial, foi com a exibição do filme Balanço das Horas (Rock Around the Clock), com trilha sonora de Bill Halley & His Comets, que o rock and roll estourou no país, provocando tamanha confusão nos cinemas, que levou, por exemplo, o governador de São Paulo, Jânio Quadros, a emitir "Nota Oficial", com o seguinte conteúdo: "Determine à polícia deter, sumariamente, colocando em carro de preso, os que promoverem cenas semelhantes. Se forem menores, entregá-los ao honrado Juíz. Providências drásticas". Também marco histórico do nascimento do rock nacional é o 78rpm com as músicas Forgive Me/Handsome Boy, gravado em 1958 pelos irmãos Tony Campello e Celly Campello, vindos do interior de São Paulo, que abriu definitivamente o caminho do disco, dos programas de rádio e televisão e shows. Depois, vieram Sérgio Murilo, Demétrius, Baby Santiago, Wilson Miranda, Ronnie Cord e outros, como Erasmo Carlos (com os Snakes), Eduardo Araújo, Albert Pavão e Renato e Seus Blue Caps, que fizeram a história daquela e das futuras gerações. Entre os clássicos da época, destacaram-se, entre outros, Rock de Morte (Sérgio Murilo), Rock do Saci (Demétrius), Bata Baby (Wilson Miranda), Estou Louco (Baby Santiago), Vigésimo Andar (Albert Pavão), Banho de Lua (Celly Campello), Rua Augusta (Ronnie Cord), Baby Rock (Tony Campello) e Diana (Carlos Gonzaga).

Anos 60

A década de sessenta abriu com a mistura de rock tradicional, som instrumental, surf music e outros ritmos como o twist e o hully gully. Com o surgimento dos Beatles e dos Rolling Stones, o rock brasileiro explodiu definitivamente sob diversas formas, transformando-se em um dos mais criativos da América Latina. O movimento Jovem Guarda, liderado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, envolveu a maioria da juventude, com programas de televisão, shows ao vivo e inúmeros discos, entre lps e os lendários compactos. Em 1966, sob o comando de Roberto Carlos (foto), o I Festival de Conjuntos da Jovem Guarda, promovido pela TV Record, espalhou a febre do rock pelo país, que tomou conta das garagens, clubes sociais, televisões regionais, festas de igreja e aniversários. Além dos três, também destacaram-se os cantores Eduardo Araújo e Ronnie Von e os grupos Renato e Seus Blue Caps, Os Incríveis e The Fevers, entre outros. Ao lado da Jovem Guarda, também a Tropicália, eliminando as fronteiras sonoras e culturais, introduziu a guitarra na tradicional MPB e o discurso político no rock, produzindo a versão brasileira da psicodelia mundial. Neste movimento, destcaram-se intérpretes, compositores e arranjadores como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto, Rogério Duprat e, de forma especial, o grupo Mutantes. Ainda, além desses espaços mais visíveis, o som de garagem também marcou a sua presença no cenário roqueiro nacional, por meio de inúmeros grupos que deixaram raros lps e compactos para a história, como Som Beat, Baobás, Beat Boys e Liverpool.

Anos 70

Os anos 70 foram marcados pelas bandas e intérpretes "made in Brazil", que afirmaram definitivamente a identidade do rock nacional, compondo e cantando em português e, também, ampliando o domínio da técnica, dos equipamentos e dos estúdios. Foi a década que também introduziu no país os grandes shows, tanto em casas de espetáculos, ginásios e, de forma especial, ao ar livre. Iluminados pelo exemplo dos Mutantes, dezenas de grupos desdobraram-se em variadas experiências, do rock visceral do Made In Brazil, ao progressivo Som Nosso de Cada Dia, liderado pelo ex-Incríveis Manito, passando pela psicodelia barroca d'A Barca do Sol, pelo rock rural do Ruy Maurity Trio ou pela mistura de progressivo/erudito/música regional do grupo O Terço, entre outros. Destacaram-se ainda nos anos setenta, os grupos Som Imaginário, O Peso, Bixo da Seda, Moto Perpétuo, Módulo Mil, Arnaldo (Baptista) & Patrulha do Espaço; Sá, Rodrix & Guarabira; Secos & Molhados e Veludo, entre outros. O grande destaque desta década é o surgimento de Raul Seixas que, depois de liderar o grupo Raulzito e Os Panteras, em meados dos anos sessenta, e produzir inúmeros artistas para a CBS, entre eles Jerry Adriani, transformou-se no maior roqueiro do Brasil, com sua colagem universal de Elvis Presley/John Lennon/Luiz Gonzaga.

Anos 80

Nos anos 80, o rock brasileiro se firma no mercado. Nomes consagrados da MPB e da música romântica cedem espaço nas paradas de sucesso a artistas influenciados pelas novas tendências internacionais. Punk, new wave e reggae ecoam no Brasil. O grupo Blitz, liderado por Evandro Mesquita, é o primeiro fenômeno espontâneo. Sua música "Você não soube me amar", de 1982, é sucesso nacional. Segue-se um surto de novos talentos, como Barão Vermelho, que tem Cazuza, considerado o maior letrista do rock brasileiro dos anos 80, Kid Abelha & os Abóboras Selvagens, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso e Camisa de Vênus. São eles os novos interlocutores da juventude. Uma fusão de MPB com a música pop internacional ganha espaço no rádio. Eduardo Duzek, Marina Lima, Lulu Santos, Lobão e Ritchie são os representantes dessa tendência. O grupo paulistano RPM, liderado por Paulo Ricardo, chega a vender 2 milhões de discos entre 1986 e 1988. Ainda de São Paulo emergem Ultraje a Rigor (com a música Inútil) e Titãs, cujo disco Cabeça dinossauro transforma-se em marco da musicalidade produzida no período.
Veja uma lista das bandas nacionais que mais se destacaram nos anos 80:
Blitz, Barão Vermelho, Camisa de Vênus, Titãs, Ultraje a Rigor, Ira!, Legião Urbana, Os Paralamas do Sucesso, Engenheiros do Havaí, RPM, Cabine C, Kid Abelha & os Abóboras Selvagens, Heróis da Resistência, João Penca e os Miquinhos Amestrados, Capital Inicial, Plebe Rude, Finis Africae, Biquini Cavadão, Lobão e os Ronaldos, Ritchie, Rádio Táxi, Roupa Nova, Lulu Santos, Leo Jaíme, Kiko Zambianchi, Os Inocentes, Cólera, Ratos de Porão, Garotos Podres, Olho Seco e Mercenárias

Anos 90

Nos anos 90, aparecem grupos cantando em inglês, que abrem perspectivas de sucesso internacional. O grupo mineiro Sepultura consagra-se na Europa e nos Estados Unidos. O grupo paulistano Viper conquista o Japão. A partir de 1993 voltam a fazer sucesso bandas que cantam em português e incorporam ritmos regionais nordestinos, como os Raimundos (de Brasília) e Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A (do Recife).

REFERENCIA; alzeheimer.sites.uol.com.br/histock.htm